3 de outubro de 2008

Garota do Outono

Ela tinha um olhar que me cortava e do ferimento vinha uma ótima sensaçào. O vento esvoaçava seu cabelo, um frio que me assustava, portanro, ela sorria. Parece impossível, eu a procuro(em sonhos, multidões e distrações) mas não a encontro. Ela é a escuridão em um dia ensolarado.
Seu rítimo é uma música, que veio em minha mente no velório do meu tio-avô; ele, imóvel, e a música me endoidecia. Ela dizia coisas através do olhar.
Forte, misteriosa; tentava me enganar com aquele sorriso, uma meiguiçe profunda, como uma flor.
Uma flor em um jardim seco. Uma foto colorida de 1900. Ela pára, mas todos andam, numa pode decidida, que me domina. Diferente, incomum. Ela some ao meu olhar, reapareçe entre as pessoas; e se prende junto a mim em meus sonhos.
Parece que ela sabe, mas eu não.

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