As visitas de Fernando ficaram cada vez mais constantes, sempre com algum motivo minucioso. Passeios na praça, comer uma fruta na mercearia do Sr. Dias ou até mesmo espiar o mar. Sra. Molina começou a não achar tão agradável a presença do garoto na casa, sempre tão atencioso e cobria a garota de elogios. Apesar de ser improvável ao ver de Sra. Molina, começou a desconfiar de algo anormal no comportamento dos dois. Chegou a pensar até que era para tentar destruir o futuro casamento de com o Sr. Guerra.
Sra. Molina convidou o nobre senhor para juntar-se à família na festa da paróquia, ele o fez. Mas Marília, apesar do constante acompanhamento do futuro noivo, dava uma real atenção apenas para o primo. Fernando elogiava seu vestido, sua fita, a combinação perfeita entre a simplicidade do penteado e a beleza do bordado do vestido, todos os minuciosos comentários fazia quando estavam afastados do grupo e, inexplicavelmente, Sr. Guerra os repetia depois de algum tempo. Isso irritava Fernando e fazia com que Sra. Molina realmente precisasse intervir na situação.
Várias noites o pretendente de Marília era convidado para jantar ou almoçar; algumas vezes até o Sr. Figueiredo estava presente, por insistência de Helena. Margarida, a caçula, notou o movimento constante na casa e comentou com Marília a respeito do primo não ser mais convidado constantemente como era antes e o Sr. Guerra sempre estar lá.
-Você acha que tem alguma relação? - a menina perguntou.
-Acho, Margarida. - ela respondeu triste - O pior é que eu tenho certeza disso.
-O que você quer dizer com isso? Irmã, eu noto como você começou a manter uma proximidade com o Fernando...
-É verdade...
-Marília, está acontecendo alguma coisa?
-Margarida, minha irmãzinha, se eu te contar, você jura por tudo que jamais vai falar isso para alguém?
-Claro!
-Margarida, o Fernando gosta de mim.
A menina ficou assustada, não compreendia o quanto aquela simples frase era verdade. Marília explicou-lhe os comentários que Fernando fazia sobre ela. Apesar de saber que aquilo era errado, jurou realmente que ninguém saberia daquilo.
Escrito por Mariana Guerra e Ariane Tamara Francisco
26 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
outro comentário provisório, mas esse consegui entender melhor por ser continuação =D
esse texto tá ficando bacana... vai virar livro daqui a pouco! =D
beijos (L)
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